A importância da proteção de dados para a fidelização do público

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Em 2020, a Lei Geral de Proteção de Dados (LPGD) passou a valer e, no final do ano seguinte, entraram em vigor as multas e sanções que devem ser impostas para quem não se adequou à norma.  Contudo, a preocupação com o manuseio de dados vai muito além do comprimento obrigatório de regras. Afinal, se a LGPD foi criada para dar mais segurança às pessoas, é nele e em sua experiência que as empresas devem pensar antes de tomar decisões relacionadas a esse tema. Mesmo as organizações que não tem o foco em dados devem se preocupar. Tanto pela consciência legal quanto pelo entendimento de que esse cuidado influencia na fidelização dos clientes. Quer entender melhor a importância da proteção de dados? Continue a leitura que nós vamos explicar. 

Qual a importância da proteção de dados e o que a lei diz?

De forma bem objetiva, a LGPD é uma lei que veio para regulamentar e regularizar aspectos do manuseio de dados que ocorre diariamente em qualquer instituição. Isso significa estabelecer regras para aquisição, manutenção e tratamento desses dados

Obviamente existem diferentes tipos de dados e formas legais de obter e trabalhar com eles. Com isso, a LGPD também atribui responsabilidades para agentes envolvidos nesse processo, como o controlador e o operador dos dados.  

Assim, quando pensamos na realidade de empresas, todas as áreas devem estar alinhadas em relação ao uso correto dos dados

Marketing e segurança de dados 

O departamento de marketing tem ligação direta com o tratamento e proteção de dados justamente porque lida todos os dias com uma infinidade deles para tomadas de decisão e alcance de objetivos. 

Assim, se o intuito é aumentar as vendas, é fundamental que as estratégias estejam alinhadas com o que o público espera receber. 

O ato de “oferecer uma experiência segura de compra” está entre as 5 tendências de consumo para os próximos anos, de acordo com o blog do Google. A pesquisa do Google/Eumonitor, “El futuro de retail 2021-2025” mostrou que ao mesmo tempo que 43% das pessoas estão dispostas a compartilhar dados em troca de uma oferta, 48% não compraram mais em determinadas lojas por causa de questões de privacidade.

Dando um exemplo prático de respeito ao público e de conformidade com a lei, se você é analista de marketing e é responsável pelo desenvolvimento de campanhas e envio de newsletters, é fundamental que você trabalhe com bases legais de contatos. Em outras palavras, se um e-mail for enviado para 500 pessoas, é preciso que essas 500 pessoas tenham autorizado o uso de seu endereço de e-mail para essa finalidade. 

Leia também: Como melhorar os resultados de um negócio aliando dados e design?

Importância da proteção de dados: o tratamento correto como prova de confiabilidade 

A segurança é um aspecto essencial na jornada e experiência dos clientes. Se em algum momento o usuário se sentir inseguro, ele provavelmente não irá recomendar ou retomar o contato com a empresa. Isso pode ser no começo de uma negociação, nas primeiras interações ou em momentos específicos. Também estão inclusas parcerias e contratos antigos.

Um vazamento de dados pode ser muito prejudicial para a reputação da empresa. Infelizmente, o Brasil ainda é um dos países onde isso mais ocorre. Não à toa, diversas empresas estão trabalhando para que o público se sinta confiante em compartilhar dados quando necessário. 

O uso incorreto de dados para indução de compras também pode ser visto como algo negativo. Vamos imaginar que uma construtora tenha vários corretores que recebem listas de contatos de possíveis interessados em comprar imóveis. Se esse consentimento de uso não foi firmado ou não houver um gerenciamento correto desse repasse, a experiência do usuário pode ser bastante afetada. 

Por exemplo, listas iguais sendo encaminhadas para vários parceiros podem resultar em uma mesma pessoa sendo contatada por muitos corretores num único dia. Ou pior, a pessoa pode ter pedido para não ser mais contatada, mas se os outros corretores não souberem disso, o problema irá permanecer.  

Importante lembrarmos que a LGPD não deve ser um impeditivo para o marketing, pelo contrário, ela ajuda a filtrar aqueles que realmente têm interesse naquela marca. 

E assim, se tudo estiver em conformidade, isso também pode ser usado como um atrativo para novos clientes e fidelização dos antigos. 

O que a sustentabilidade tem a ver com isso? 

A proteção de dados está ligada ao preceito de responsabilidade social, que faz parte do tripé da sustentabilidade e dos princípios ESG (environmental, social, governance). 

Embora tenham origens e parâmetros diferentes, já que a LGPD é uma obrigação legal e o ESG ainda não, ambos têm influência na imagem e reputação de uma empresa. Hoje, cada dia mais, as pessoas observam não só o valor individual de um serviço, mas o impacto que sua produção e comercialização causam na sociedade. 

4 ações que o marketing pode tomar para melhorar a segurança de dados

  1. Informe a finalidade — em formulários online ou abordagens presenciais, informe à pessoa qual será a finalidade daquela coleta de dados, permitindo que ela decida se autoriza ou não.
  2. Mantenha registro das operações — é importante ter um registro histórico das operações daquele dado (quando o consentimento ocorreu, o que foi feito a partir disso, entre outros).
  3. Nunca compre lista de contatos — jamais compre listas de contatos de terceiros. Um dos trabalhos no marketing é justamente fomentar a captura de leads/contatos de maneira espontânea e legal.
  4. Preste atenção na jornada de compra — para conseguir contatos de forma genuína e encantar clientes, é indicado que as empresas investiguem e entendam a jornada dos usuários. O uso de pesquisas, serviços de consultoria, blueprint, etc., podem fomentar esse processo.

Assista a uma videoaula gratuita sobre Comportamento do cliente e saiba mais sobre a importância de conhecer o cliente para tornar a jornada mais fluida e aumentar as vendas!

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Bruna Plentz

Designer, graduate of the Federal University of Santa Catarina and Università degli Studi di Firenze. Specialist in Service Design from the Istituto Europeo di Design in Barcelona. Master’s degree in Anthropology from the NOVA University of Lisbon with a focus on Contemporary Themes.

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