7 dicas de como quebrar silos organizacionais e promover a colaboração

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Cultura
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Silos organizacionais são equipes que têm dificuldade de trabalhar de maneira colaborativa com pessoas para além de seu grupo/silo e, por isso, acabam por ter atitudes desconectadas da visão estratégica da empresa. São as famosas “panelinhas”, ou seja, times que por vezes se mostram pouco flexíveis para o diálogo coletivo ou muito resistentes para novas ideias. 

Esse tipo de divisão é prejudicial tanto para o desenvolvimento da organização quanto para os próprios colaboradores e colaboradoras. Isso porque ele impede a troca de informações, o compartilhamento de novas práticas e processos por meio da cocriação

Neste texto, vamos entender como os silos organizacionais se formam, os malefícios dessa estrutura e ainda conhecer 7 dicas de como quebrá-los. 

Como os silos organizacionais se formam?

Há diversos fatores que influenciam na formação dos silos organizacionais. A própria natureza humana é um deles, visto que temos a tendência de nos unirmos a pessoas com afinidades em comum.

No entanto, a questão dos silos não gira em torno da condenação das amizades no ambiente corporativo, mas sim, de entender que essas conexões podem influenciar negativamente o modo de trabalho, limitando a integração e até mesmo a diversidade de pensamento nas empresas.  

Suponha que uma determinada equipe tenha uma ótima sinergia, mas se limite às tarefas diárias, sem se importar com o que ocorre nas outras equipes. Parece algo comum? E de fato é, pois muitas vezes os silos são formados de maneira inconsciente, sem que as pessoas envolvidas tenham essa intenção.

Espaços diferentes, como andares e salas de departamentos, e até mesmo a distância física de uma equipe para outra, são aspectos que podem contribuir para isso. Não à toa, muitas empresas têm adotado espaços diferentes, para buscar promover maior integração entre diferentes times.

Por outro lado, longe do trabalho presencial – que ainda representa o modelo de trabalho mais comum no Brasil e no mundo – com o aumento de pessoas em home office, há um risco ainda maior para criação dos silos organizacionais. Portanto, é fundamental que as lideranças estejam atentas aos colaboradores e às próprias atitudes.  

Infelizmente, é comum que os líderes também “promovam” a criação desses silos ao incentivar uma competitividade exagerada, por exemplo. Uma empresa pode ter várias equipes com tarefas semelhantes, mas atendendo clientes diferentes. Se a sua liderança cobra por resultados em detrimento do alcançado pelas outras, o quanto isso é justificável? 

Afinal, o mais importante seria que todas as equipes tivessem sucesso e pudessem crescer juntas. Isso significa trocar informações ao invés de esconder “com medo que o colega roube sua ideia”. 

Também vale observar se essa competitividade não é resultado só de um desejo individual da liderança de ser reconhecida e bonificada pelas metas alcançadas. 

Principais dificuldades causadas pelos silos organizacionais

A quebra de silos nas empresas é importante para acabar com os entraves causados por eles, que são:

  • falta de trabalho colaborativo; 
  • limitação do potencial de inovação na empresa;
  • recorrência de conflitos e intrigas; 
  • dificuldade em solucionar gargalos na experiência do cliente
  • falhas de comunicação; 
  • prejuízos gerais no clima organizacional.

A melhor maneira de quebrar silos e realizar uma transformação cultural na organização é a partir da colaboração, formação de times multidisciplinares, rituais de comunicação e alinhamento entre as áreas. A seguir, confira mais detalhes. 

7 táticas para quebrar silos organizacionais

Você quer saber como inovar? Entender o que fazer para quebrar silos organizacionais pode ser o primeiro passo para começar a ter ideias inovadoras. Continue a leitura e saiba mais:

  1. Promover a formação de equipes multidisciplinares em projetos

Pessoas de diferentes áreas, competências e habilidades trabalhando juntas em prol de um objetivo comum ajuda muito a quebrar silos. Se esse tipo de atuação transversal e transdisciplinar ainda não ocorre na sua empresa, experimente promover um projeto especial entre o time de design e o de produto, por exemplo. 

  1. Estabelecer rituais para comunicação e alinhamento entre áreas

Em uma empresa, o trabalho de um impacta na atuação de outros. Portanto, é importante que existam rituais de diálogo e trocas entre equipes. O ponto aqui não é compartilhar “glórias e sucesso”, mas apresentar um panorama e discutir pontos de desafio. Muitas soluções podem surgir a partir desses rituais. 

  1. Mudar política de incentivos e bonificações 

Você lembra quando falamos da liderança que incentiva a competitividade exagerada? Essa atitude pode ser reflexo de uma política da empresa que precisa de revisão. As pessoas que trabalham podem estar apenas replicando o que já observam, assim, a criação dos silos se torna algo quase inevitável se a política não for revista. Incentive o reconhecimento por ações coletivas e multidisciplinares.

  1. Adotar ferramentas e práticas de comunicação eficientes 

Estabelecer ferramentas e práticas que colaborem com a precisão da mensagem que deseja ser passada e recebida é fundamental para evitar falhas. Ainda mais agora em que a comunicação assíncrona ganhou força. Quantas reuniões de equipe são realizadas por semana? Como elas ocorrem? Há algum registro/ata? São perguntas recomendadas nesse diagnóstico. 

  1. Realizar treinamentos regulares

Mudar hábitos e entendimentos aceitos por tanto tempo não é fácil. Para ajudar as organizações a ter colaboradores e lideranças mais inclusivas, é preciso investir em treinamentos. À medida que as novas práticas forem implantadas, dúvidas e dificuldades vão surgir, isso é natural e esperado. Portanto, é essencial que todos estejam alinhados e cientes do propósito comum. 

  1. Adotar um novo modelo de gestão de negócio 

Essa dica é muito mais radical e pode ser melhor aproveitada em empresas novas. Há casos em que o modelo de gestão pensado se mostra ineficiente. Desse modo, é preciso reformular a estrutura organizacional do negócio, instituir novas áreas, novos cargos, um novo plano de carreira, etc. 

  1. Buscar apoio externo especializado 

Independentemente da mudança que será implantada, contar com ajuda especializada pode fazer toda a diferença. Tanto por questões de tempo que deve ser dedicado, expertise e experiência em situações semelhantes quanto por questões de confiabilidade e transparência.  

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Imagem de master1305 no Freepik

Bruna Plentz

Mestre em Antropologia na Universidade NOVA de Lisboa com especialização em Temas Contemporâneos. Especialista em Service Design pelo Istituto Europeo di Design de Barcelona. Designer graduada pela Universidade Federal de Santa Catarina e Università degli Studi di Firenze.

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